Resumo
Objetivo desse estudo foi mapear os impactos que as mídias sociais causam na saúde
mental da população durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de uma revisão de escopo
realizada de modo pareado nas bases de dados: Medline/PubMed, SciELO, Embase,
Scopus, Lilacs, Web of Science, Ministério da Saúde, e literatura cinzenta, CAPES, BDTD,
IBICT. Aplicou-se os cruzamentos dos descritores e seus respectivos MeSHs: Mídias
Sociais, Promoção da Saúde, Saúde mental e COVID-19, que resultou em 13 artigos. As
mídias sociais durante a pandemia tiveram como objetivo além do entretenimento,
proporcionar um significativo canal de comunicação entre indivíduos e profissionais da
saúde, buscando e ofertando informações relacionadas a COVID-19. O uso das mídias
sociais é um importante mecanismo para identificar as emoções dos usuários relacionadas
a pandemia, bem como auxiliar profissionais da saúde na promoção da saúde mental. As
mídias sociais, por um lado, podem servir como mais uma estratégia de enfrentamento a
COVID-19, tanto quanto, como uma notável fonte de um medo e estresse global que aliado
ao uso excessivo dessas tecnologias pode gerar condições patológicas sérias. Os desafios
no campo da promoção da saúde mental nunca foram tão complexos quanto neste contexto
pandêmico causado pela COVID-19 e as mídias sociais contribuem de forma significativa
nos aspectos causadores dos transtornos mentais que a conjuntura da pandemia da
COVID-19 nos envolvem. A utilização descontrolada das mídias sociais podem causar
danos sérios a saúde mental da população, porém, estas ferramentas têm o potencial de
fornecer aos profissionais da saúde e autoridades governamentais a capacidade de
intervenções rápidas e dinâmicas no campo da promoção da saúde mental,
disponibilizando um suporte de conteúdos confiáveis para estimular o bem-estar das
pessoas e minimizando os aspectos psicológicos negativos que o estresse e o medo da
COVID-19 causam na população mundial.