A IDENTIDADE E O TRÂNSITO EM “AS MULHERES DE TIJUCOPAPO”
Palavras-chave:
Trânsito, Trauma, Identidade
Resumo
Sofrendo com o exílio, o abandono, o preconceito e a desolação causada pela migração, Rísia é uma nordestina massacrada por uma infância pobre e infeliz tentando encontrar a sua identidade fragmentada nos seus deslocamentos. A personagem narra, não-linearmente, seu trânsito, isto é, sua jornada de volta a Tijucopapo. Nesse diário de viagem, a recuperação da memória do passado propicia a superação do trauma e fomenta o retorno à luta. Com a teorização de Stuart Hall sobre identidades em processo, e a noção da dupla consciência sugerida por W.E.B. Dubois, veremos como esses processos são marcados, ainda que subjetivamente, na zona de contato, e como a personagem age rumo à desconstrução da ideia falogocêntrica.